Na hora de buscar um novo emprego, todos desejam trabalhar em uma excelente empresa, de preferência uma multinacional que ofereça a possibilidade de trabalho remoto, oportunidades de crescimento, viagens e, se possível, remuneração em dólares. O mesmo padrão é observado ao adquirir um celular novo, preferencialmente o último modelo do iPhone. Em resumo, as pessoas almejam trabalhar para empresas de alto prestígio e adquirir produtos de alta qualidade.

Entretanto, é curioso notar que, ao investir, muitos se contentam com opções como Certificado de Depósito Bancário (CDB) ou, em casos ainda menos favoráveis, compram terrenos indicados por conhecidos, acreditando que essa é uma forma de investimento, esperando que o terreno se valorize no futuro. Porém, frequentemente, esses investidores negligenciam considerações importantes, como impostos, custos de escritura, despesas condominiais e os efeitos da inflação ao longo do tempo.

Este fenômeno pode ser atribuído ao chamado "Viés Doméstico" (ou "Home Bias"), que se refere à tendência dos investidores em preferir ativos de seu próprio país. Ao invés de diversificar suas carteiras com opções de outras regiões, muitos investidores mantêm a maior parte de seus portfólios concentrados em ativos domésticos, motivados pela maior familiaridade com empresas (ou propriedades, como terrenos) locais. Contudo, ao permanecermos nessa zona de conforto, perdemos grandes oportunidades e nos expomos a riscos desnecessários.